quinta-feira, 7 de julho de 2016

Santa Maria Goretti

Preferiu ser barbaramente assassinada a perder sua pureza, cultivada como uma flor intacta e defendida com grande valor.


Na manhã de um sábado em 1 de novembro de 2008, nosso querido papa, hoje papa emérito Bento XVI, dizia-nos que quando visitamos um viveiro botânico, permanecemos admirados diante da variedade de plantas e flores, e chega ser natural e
espontâneo pensarmos na fantasia do Criador que tornou a terra um maravilhoso jardim.

Um análogo sentimento nos surpreende quando consideramos o espetáculo da santidade. Ele continuava dizendo: “o mundo parece-nos um “jardim”, onde o Espírito de Deus suscitou com admirável fantasia uma multidão de santos e santas, de todas as idades e condições sociais, de todas as línguas, povos e culturas. Cada um é diferente do outro, com a singularidade da própria personalidade humana e do seu carisma espiritual. Mas todos têm impressa a “marca” de Jesus”.


Neste belo jardim, hoje falaremos de uma bela flor:

Seu nome de batismo era Maria Resa Goretti, nasceu em 16 de Outubro de 1890, em Corinaldo, Província de Ancona, Itália, filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini.

Era a terceira de seis filhos. E devido à pobreza da família, muito provavelmente Maria Goretti era analfabeta. Ainda criança sua família foram forçados a deixar sua fazenda e trabalhar para outros fazendeiro. Enquanto seus irmãos, pais e irmãs mais velhas trabalhavam nos campos, Maria cozinhava, limpava a casa e cuidava de sua irmã menor.

Certamente era uma vida difícil, mas a família estava sempre próxima, compartilhando um profundo amor por Deus e sua fé.

A pequenina Maria Goretti, era muito apegada ao seu querido paizinho. Este a ensinava a rezar e a desejar ardentemente pelo dia da sua primeira Eucaristia. O pai de Maria, Sr. Luigi contraiu a terrível malária, que na época matou a muitos nos campos de Corinaldo. Este veio também a morrer contraído pela malária quando Maria tinha apenas nove anos.

Mas um fato inesperado e brutal acontece:

Em 6 de julho de 1902, um jovem de 20 anos, chamado Alessandro Serenelli, tentou abusar de Maria Goretti. Frente à forte resistência da menina, Alessandro a esfaqueou por 14 vezes. Maria foi operada, sem anestesia, mas os ferimentos estavam além da capacidade dos médicos. No dia seguinte, ela perdoou seu agressor e afirmou que gostaria de encontrá-lo no Céu.

Morreu vinte horas após o ataque, com apenas 12 anos, enquanto olhava uma bela pintura da Virgem Maria.

Segundo testemunho do próprio agressor, Maria preferiu ser barbaramente assassinada a perder sua pureza, cultivada como uma flor intacta e defendida com grande valor.

O agressor foi preso em Noto, onde permaneceu por 15 anos. Lá, ele se converteu.

Alessandro Serenelli cumpriu sua pena e, ao sair da prisão, retirou-se a um convento dos frades menores para terminar lá sua vida.

Maria Goretti foi proclamada beata como mártir da fé no dia 27 de abril de 1947, por Pio XII, o mesmo Papa que, em 24 de junho de 1950 a proclamou santa, na Praça de São Pedro, em presença, entre milhares de fiéis, da idosa mãe, Assunta, e do assassino da santa.

Entre a multidão, na sua maioria jovens, vindos de vários países do mundo, o papa perguntou a eles: “Jovens, prazer ao olhos de Jesus, vocês estão determinados a resistir a todos os ataques à castidade com a ajuda da graça de Deus?”

A resposta foi um grande “sim”.

Encerro esta história de nos tirar o fôlego com a resposta de uma amiga ao pergunta-la o que nela mais despertara sua atenção no testemunho de Maria Goretti. Ela me respondeu: “A capacidade de perdoar aquele que tentou lhe tirar o que tinha de mais precioso, aquilo que era seu “vaso de alabastro” ao Senhor dos senhores. Por mais que a castidade e a pureza fossem o maior anseio do coração dela, acredito que o perdão dado àquele jovem refletiu muito mais a oferta de amor deste santa.”

Portanto, eis a pergunta para nós hoje?

Estamos disposto a perdoarmos como Santa Maria Goretti com a ajuda da graça de Deus?


Que Santa Maria Goretti, rogue por nós!

Fonte: Zenit

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