sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
E se o mundo acabasse mesmo em 21 de dezembro?
Há uma falsa profecia maia sobre o “fim do mundo” em 21/12/2012, o que gera um alarmismo danoso e um verdadeiro terrorismo espiritual para algumas pessoas. São “profecias” falsas, que tentam até misturar argumentos pseudocientíficos com superstições, Nova Era e ficção cientifica. Até mesmo o Terceiro Segredo de Fátima, que nada tem a ver com o fim do mundo, e que o Papa João Paulo II já revelou em 2000 em Fátima; é citado abusivamente. Os divulgadores desse fim do mundo para o dia 21/12/2012 usam "argumentos científicos", falam de Profecias que até a NASA já desmentiu. Ninguém sabe a época e a data do fim do mundo, ou melhor, da renovação do mundo.
Jesus fala em fim do mundo como “renovação do mundo”: Mt 19,28 - “No dia da renovação do mundo, quando o Filho do homem estiver sentado no trono da glória...”
Com relação à data em que acontecerá a renovação do mundo e a inauguração definitiva do Reino de Deus, ninguém sabe e não deve especular a respeito. Muitos se enganaram sobre isto e levaram muitos outros ao engano e ao desespero. Até grandes santos da Igreja erraram neste ponto. Podemos citar alguns exemplos: S. Hipólito de Roma (†235); Santo Irineu (†202); Santo Ambrósio (†397) e S. Hilário de Poitres (†367). S. Gaudêncio de Bréscia (†405) - indicava o ano 7000 após a criação.
Por isso a Igreja é muito cautelosa nesse ponto, e sempre nos lembra:
At 1,7 - “Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por sua própria autoridade”.
Mc 13,32 - “Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém os conhece, nem mesmo os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas, sim, o Pai só”.
No Concílio Universal de Latrão V, em 1516, foi decretado:
“Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão incumbidos da pregação, que de modo nenhum presumam afirmar ou apregoar determinada época para os males vindouros para a vinda do Anticristo ou para o dia do juízo. Com efeito a Verdade diz: “Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por Sua própria autoridade. Consta que os que até hoje ousaram afirmar tais coisas mentiram, e, por causa deles, não pouco sofreu a autoridade daqueles que pregam com retidão. Ninguém ouse predizer o futuro apelando para a Sagrada Escritura, nem afirmar o que quer que seja, como se o tivesse recebido do Espírito Santo ou de revelação particular, nem ouse apoiar-se sobre conjecturas vãs ou despropositadas. Cada qual deve, segundo o preceito divino, pregar o Evangelho a toda a criatura, aprender a detestar o vício, recomendar e ensinar a prática das virtudes, a paz e a caridade mútuas, tão recomendadas por nosso Redentor”.
O que a Igreja sabe é o que está no Catecismo:
§670. ”Desde a Ascensão, o desígnio de Deus entrou em sua consumação. Já estamos na "última hora" (1Jo 2,18)". "Portanto, a era final do mundo já chegou para nós, e a renovação do mundo está irrevogavelmente realizada e, de certo modo, já está antecipada nesta terra”.
§673.“A partir da Ascensão, o advento de Cristo na glória é iminente, embora não nos "caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade" (At 1,7). Este acontecimento escatológico pode ocorrer a qualquer momento, ainda que estejam "retidos" tanto ele como a provação final que há de precedê-lo”.
Note que “esse acontecimento escatológico pode acontecer a qualquer momento”; então, devemos perguntar, estamos preparados para ele? Mesmo porque a nossa morte marcará o fim de nossa existência terrena e a definição de nossa sorte eterna. Como estamos preparados para a morte ou para a vinda do Senhor? Jesus disse que a sua vinda seria como a surpresa de um ladrão, quando menos esperamos. Quantos que você conheceu que já se foram! Jesus manda vigiar e orar sem cessar, como as virgens prudentes que carregaram óleo consigo e puderam acolher o noivo para as eternas núpcias.
Precisamos estar preparados, de dia e de noite. O que é preciso para fechar uma porta? Apenas que ela esteja aberta. O que é preciso para morrer? Apenas estar vivo. Então, preparemos uma boa morte e o nosso destino eterno na comunhão de Deus, vivendo segundo os seus Mandamentos, rejeitando e renunciando a todo pecado; alimentando a alma com a oração, a Palavra de Deus, os Sacramentos e uma vida de caridade.
Vivendo assim, não precisamos nos preocupar com a morte e nem com a data da Vinda do Senhor. Estaremos acordados, esperando com alegria o Senhor que vem para nos dar a coroa da glória.
Fonte
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