segunda-feira, 1 de agosto de 2016

E se a Virgem Maria batesse à sua porta?

Fonte: O Catequista

Imaginem… Se a Virgem Maria batesse hoje à porta de um protestante, qual seria a reação dele ao abrir a porta? Diria como Santa Isabel: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?” (Lc 1,43), ou, por medo de cometer o terrível pecado da “mariolatria”, a trataria como uma mulher comum?

Pecadores ou justos, os católicos fazem parte da geração que cumpre essa profecia bíblica: “Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações…” (Lc 1,48). Paradoxalmente, os católicos são acusados de adorar Maria, colocando-a no mesmo patamar de Cristo, ou mesmo acima dele. Essa é uma acusação preconceituosa, superficial e profundamente equivocada.

Quem tiver um mínimo de boa vontade – e mente aberta – para estudar a doutrina católica acerca do papel de Maria no plano da Salvação, verá a sua total fidelidade ao Evangelho. Aqui, citaremos um dos mais importantes teólogos católicos que escreveram acerca da devoção mariana: São Luís Maria Grignion de Montfort (séc. XVII).

A GRANDEZA DE MARIA É MUITO INFERIOR À DE DEUS

Em seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria” – uma obra aprovada por vários papas – São Luís Maria diz:

Com toda a Igreja confesso que Maria, não sendo mais que uma simples criatura saída das mãos do Altíssimo, é menor que um átomo, ou antes, não é nada em comparação com a sua majestade infinita, visto que só Deus é “Aquele que é”.

Essa afirmação afasta qualquer intenção de propor aos cristãos uma devoção indevida e idolátrica à Mãe do Senhor.

DEUS NÃO PRECISA DE MARIA, MAS QUER PRECISAR

São Luís Maria continua:

Por conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si mesmo, não teve nem tem absoluta necessidade da Santíssima Virgem para o cumprimento dos Seus desígnios e para a manifestação da sua glória. Basta-lhe querer para tudo fazer.

No entanto, supostas as coisas como são, tendo Deus querido começar e acabar as suas maiores obras pela Virgem Santíssima depois de a formar, digo que é de crer que não mudará de procedimento em todos os séculos (Rm 11, 29). Ele é Deus e não muda nem nos Seus sentimentos nem na sua conduta.

O maior acontecimento da História da Humanidade foi o Mistério da Encarnação. Deus que se fez Homem! Para realizar essa maravilha, Deus não precisaria de ninguém. Mas Ele QUIS PRECISAR de Maria para, POR MEIO DELA, doar a sua maior graça ao mundo: o Seu próprio Filho, que é Deus com Ele.

O mundo recebeu Jesus em Maria e por Maria. O choro é livre!

Mas não é só isso. Examinando as Escrituras, veremos que Jesus quis iniciar seus milagres por meio de Sua Mãe:

  • estando ainda no ventre de Maria, Jesus fez com que Isabel ficasse cheia do Espírito Santo; mas isso só aconteceu depois que Maria saudou sua prima (Lc 1,41);
  • o primeiro milagre público de Cristo aconteceu pela intercessão de Maria. Nas Bodas de Caná, Jesus transformou a água em vinho a pedido dela.

Com base nessas evidências bíblicas, São Luís Maria conclui que Jesus “Começou e continuou os Seus milagres por Maria; por Ela os continuará até o fim dos séculos”. Faz sentido, não faz?

Portanto, não é à toa, nem por razão de idolatria, que os católicos creem que Maria é a principal e mais poderosa intercessora (não salvadora, mas intercessora) dos homens junto ao Nosso Deus, Jesus Cristo. Foi assim nas Bodas de Caná, e continuará a ser assim até o Fim dos Tempos. Por isso ela é venerada acima de todos os santos.

O LOUVOR A MARIA DIMINUI O LOUVOR A CRISTO?

Vendo os católicos rezar o Rosário (que possui mais Ave-Marias do que Pai-Nossos), carregar medalhas da Virgem e se dedicarem a tantas outras devoções marianas, é comum que muitos levantem a acusação de que o culto a Maria no catolicismo é exagerado, a ponto de rebaixar a centralidade de Cristo. Besteira! A própria Bíblia mostra que o louvor a Maria não contraria nem diminui a adoração a Cristo.

“Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre” (Lc 1, 42). Antes de louvar Jesus Cristo, Isabel, cheia do Espírito Santo – atenção: cheia do Espírito Santo – louvou primeiro a Maria (ouço um coro aflito, com sons de choro e ranger de dentes…).

Não é que Maria seja mais que Jesus, ou igual a Ele: dizê-lo seria uma heresia intolerável. Mas, para mais perfeitamente bendizer Jesus Cristo, é preciso louvar antes a Virgem Maria. Digamos, pois, com todos os verdadeiros devotos da Santíssima Virgem, e contra esses falsos devotos escrupulosos: Ó Maria, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus!

A Paz de Jesus e o Amor de Maria 

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