Quem já leu um livro que alcançou sua alma, entenderá o que desejo partilhar neste texto. Fiquei encantada quando li a estória de um pequeno príncipe que morava em outro planeta, mas queria conhecer outros mundos. É desafiante sair da “segurança” do seu mundinho, mas não chamaria isto de abandono de sua pátria e sim de enriquecimento pessoal na busca de encontrar o que verdadeiramente pode nos fazer feliz.Estarmos abertos para crescermos com os diferentes mundos da convivência humana torna nossa personalidade mais rica, pois nada é mais precioso que a alma de outro ser, senti-la faz-nos reconhecermos mais humanos.
O pequeno príncipe embarcou nesta aventura de encontrar-se com outro. É neste enredo que encontramos um piloto de avião que teve uma pane no meio do deserto. Fiquei pensando se você e eu também já não passamos por um fato semelhante...
Por acaso já passou por uma situação de silêncio, solidão e afastamento! Foi numa situação como esta que me encontrei com um Grande Príncipe e pude falar verdadeiramente com Ele. Somente no afastamento do superficial nós conseguimos admirar a beleza da simplicidade e enxergar o outro e assim conseguimos nos comunicar sem barreiras.
Naquele primeiro encontro do piloto, no meio do deserto, com o pequeno príncipe, nada parecia está dando certo, nem era compreensível. Deus também nos confia uma aeronave para pilotarmos e ás vezes temos que fazer um pouso, não em uma pista de aterrissagem, mas no meio de um deserto. Então nos surpreende com um pedido simples, insistente e intrigante! Como aquele que o pequeno príncipe fez ao piloto: “- Por favor, desenha-me um carneiro!”
O nosso Deus talvez esteja a pedir-nos: dai-me de beber! Sua voz ecoa até hoje, desde a cruz quando dizia: Tenho sede! Se for necessário Ele nos levará novamente ao deserto para entendermos seu pedido. O Senhor tem um jeito bem único de nos cativar. Falando nisto lembrei-me de outro personagem que o pequeno príncipe encontrou, ele o ajudou a entender o que era criar laços e conhecer o essencial que muitas vezes é invisível aos olhos.
Conhecer o outro é poder participar daquilo que é verdadeiro em sua alma, não apenas ver, ouvir ou saber de sua história. Deus nos conhece profundamente e como deseja que nos deixemos ser cativados por Ele. O Senhor sente necessidade de nos amar e quer que sintamos o mesmo, deseja que nosso coração encontre a luz que nos faz enxergar a verdade, quer curar nossas feridas e matar nossa sede. Seria maravilhoso entendermos que por causa deste amor, você e eu, nós nos tornamos únicos para Deus e Ele será sempre único para nós! O Grande Príncipe da Paz foi imolado como um cordeiro para que tivéssemos vida plena e que nela resplandecesse a fé, a esperança e o amor!
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