Toda pessoa é dotada de sensibilidade. Todos temos a capacidade de sentir, de amar, de odiar, de ter saudade, etc. Porém, a experiência nos ensina que o homem de hoje traz em si um certo medo de envolver-se e, principalmente de relacionar-se. O homem contemporâneo se encontra decepcionado e machucado em seus relacionamentos, a ponto de permanecer infantilizado, encolhido e por vezes escondido nas inúmeras tarefas e ocupações que o envolvem cotidianamente.
Vivemos em uma sociedade marcada pelo capitalismo, pela busca do dinheiro, uma sociedade onde somente o rápido e o eficiente prevalecem. Vivemos em constante tensão, sempre estamos com pressa. Somos cobrados como se fossemos uma máquina que precisa produzir, produzir, produzir cada vez mais e melhor para poder sobreviver. Vivemos também a cultura do descartável, do momentâneo, onde você usa e, logo em seguida joga fora e o pior é que corremos o risco de transferir esse comportamento para nossos relacionamentos, sujeitando assim experiência humana a um mero contato descartável e superficial.
Acredito que o "ser" só é humano quando consegue aprofundar a experiência humana com os outros "seres" que fazem parte de sua vida. Por isso, a criatura só se realiza quando se aprofunda na descoberta do mistério que é o outro. Analisando os relacionamentos de hoje, vemos que estes estão pautados em uma enorme superficialidade, onde não existe interação e sim, representação. Diante dessa realidade precisamos continuamente fitar a figura de Jesus. Ele era mestre em relacionamentos. Ele era inteiro com cada pessoa e, conseguia ser no mínimo o máximo de si. Seu jeito de ser envolvia as pessoas, de modo que elas se sentiam amadas e acreditadas diante Dele.
O Evangelho de João narra a belíssima experiência de Jesus diante da morte e ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-45), onde podemos contemplar um Jesus que vivia intensamente todas as coisas; um Jesus que sentia, que amava, que chorava, que se envolvia com as pessoas, que não tinha medo de amar e ser amado e, que chorou diante da morte do amigo lázaro sem esconder ou sufocar seus sentimentos. Chorou porque amava e não tinha medo de demonstrar.
Olhando ainda para Cristo compreendemos que Ele sabia aprofundar concretamente a experiência humana, porque sabia acolher o outro e, porque tinha a sensibilidade de se permitir ser acolhido.
Pena que muitos de nós sabemos até amar, mas não nos permitimos ser amados e cuidados pelos outros.
Ele vem dar-nos o antídoto para eliminarmos totalmente a praga da conveniência que tem se alojado no coração humano. Porque é muito fácil relacionar-se com quem nos é conveniente, motivados apenas por nossos interesses pessoais. Porém, Jesus nos apresenta uma nova maneira de interagir e de se relacionar, com novas motivações e, novos conceitos a respeito do outro. Nessa nova ótica seremos impulsionados pelo puro e desinteressado amor e não por nossas conveniências e interesses pessoais.
O Nazareno revela ao homem como alcançar a plena maturidade humana, convencendo-o de que ele precisa do outro e, que fechado em seu egoísmo será mergulhado em uma profunda infelicidade existencial. Refletindo sobre isso, podemos constatar que Jesus é a base para vivermos bem nossos relacionamentos, pois Nele encontramos forças para interagir, conseguindo assim amar e ser amados. Impulsionados por sua vida e exemplo podemos melhor acompanhar e sermos acompanhados, vivendo assim em plenitude nossa humanidade e, nossos relacionamentos.
Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é assim, aprendamos com Ele como ser gente de verdade.
Pe. Adriano Zandoná
Fonte Canção Nova
Vivemos em uma sociedade marcada pelo capitalismo, pela busca do dinheiro, uma sociedade onde somente o rápido e o eficiente prevalecem. Vivemos em constante tensão, sempre estamos com pressa. Somos cobrados como se fossemos uma máquina que precisa produzir, produzir, produzir cada vez mais e melhor para poder sobreviver. Vivemos também a cultura do descartável, do momentâneo, onde você usa e, logo em seguida joga fora e o pior é que corremos o risco de transferir esse comportamento para nossos relacionamentos, sujeitando assim experiência humana a um mero contato descartável e superficial.
A criatura está desencontrada em meio a tantos afazeres, tanto que perdeu a dimensão do essencial, que é o relacionamento humano.
Acredito que o "ser" só é humano quando consegue aprofundar a experiência humana com os outros "seres" que fazem parte de sua vida. Por isso, a criatura só se realiza quando se aprofunda na descoberta do mistério que é o outro. Analisando os relacionamentos de hoje, vemos que estes estão pautados em uma enorme superficialidade, onde não existe interação e sim, representação. Diante dessa realidade precisamos continuamente fitar a figura de Jesus. Ele era mestre em relacionamentos. Ele era inteiro com cada pessoa e, conseguia ser no mínimo o máximo de si. Seu jeito de ser envolvia as pessoas, de modo que elas se sentiam amadas e acreditadas diante Dele.
Em sua companhia, cada um se sentia à vontade para ser aquilo que realmente eram, sem medo de ser recusados por não agradarem.
Cristo conquistava as pessoas, elas acreditavam Nele e faziam o que Ele pedia. Aqueles que se aproximavam, encontravam Nele um grande amigo, encontravam refúgio e, principalmente a solução para sua vida carente de amor e de experiências humanizantes. O Evangelho de João narra a belíssima experiência de Jesus diante da morte e ressurreição de Lázaro (Jo 11,1-45), onde podemos contemplar um Jesus que vivia intensamente todas as coisas; um Jesus que sentia, que amava, que chorava, que se envolvia com as pessoas, que não tinha medo de amar e ser amado e, que chorou diante da morte do amigo lázaro sem esconder ou sufocar seus sentimentos. Chorou porque amava e não tinha medo de demonstrar.
O que se percebe é que hoje, temos medo externar nossos sentimentos e, de demonstrar o nosso amor pelos outros.
É triste saber que muitos estão morrendo por ausência desse amor, que por vezes até existe, mas que não se consegue sentir, porque fica entulhado e perdido em meio aos receios egoístas do coração humano.
Olhando ainda para Cristo compreendemos que Ele sabia aprofundar concretamente a experiência humana, porque sabia acolher o outro e, porque tinha a sensibilidade de se permitir ser acolhido.
Pena que muitos de nós sabemos até amar, mas não nos permitimos ser amados e cuidados pelos outros.
O homem de Nazaré nos ensina o caminho do equilíbrio afetivo, ele quer fazer de nós pessoas mais humanas, ele quer que sejamos mais gente.
Ele vem dar-nos o antídoto para eliminarmos totalmente a praga da conveniência que tem se alojado no coração humano. Porque é muito fácil relacionar-se com quem nos é conveniente, motivados apenas por nossos interesses pessoais. Porém, Jesus nos apresenta uma nova maneira de interagir e de se relacionar, com novas motivações e, novos conceitos a respeito do outro. Nessa nova ótica seremos impulsionados pelo puro e desinteressado amor e não por nossas conveniências e interesses pessoais.
O Nazareno revela ao homem como alcançar a plena maturidade humana, convencendo-o de que ele precisa do outro e, que fechado em seu egoísmo será mergulhado em uma profunda infelicidade existencial. Refletindo sobre isso, podemos constatar que Jesus é a base para vivermos bem nossos relacionamentos, pois Nele encontramos forças para interagir, conseguindo assim amar e ser amados. Impulsionados por sua vida e exemplo podemos melhor acompanhar e sermos acompanhados, vivendo assim em plenitude nossa humanidade e, nossos relacionamentos.
Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é assim, aprendamos com Ele como ser gente de verdade.
Pe. Adriano Zandoná
Fonte Canção Nova
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